"Eu compreendia as reações das pessoas a mim - os olhares, o distanciamento. Como outras pessoas na sala de espera, eu estava ali para passar com o cardiologista. (Eu tinha sofrido um ataque cardíaco recentemente.) Mas meu traje laranja da penitenciária, as algemas e os dois guardas armados não me ajudavam, exatamente, a me ajustar ao ambiente.
Então uma senhora idosa entrou, sorriu e disse: 'Deus o abençoe. Espero que esteja passando bem'. 'Estou ótimo', respondi. De repente, minha ansiedade foi substituída pela calma. 'Obrigado', acrescentei.
Mais tarde, na van que me levava de volta à prisão, pensei em como aquela senhora havia passado por cima dos sinais exteriores de um cidadão que a maioria das pessoas considera de segunda classe e enxergado uma pessoa - uma pessoa que, embora certamente um dos filhos de Deus, estava, de várias maneiras, distanciada da família humana. Talvez ela apenas tenha percebido uma oportunidade de fazer o bem.
O apóstolo Paulo nos lembra que como cristãos nós somos chamados a mostrar consideração e cuidado pelos outros, particularmente os que passam necessidade e os "humildes". Embora tais ações nem sempre aconteçam naturalmente, nosso esforço especial pode causar uma impressão significativa e duradoura na vida das pessoas. Causou em mim."
Charles P. Axe (Pensilvânia, EUA)
Testemunho retirado do devocional "No cenáculo".
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